domingo, 7 de abril de 2019

A importância do NÃO na nossa Educação


Os tempos mudam, mudam as convicções e os paradigmas educacionais. Na minha geração (anos 80), bastava um "abre olhos" dos pais ou dos mais velhos que cuidavam de nós e prontamente percebíamos a mensagem... NÃO era NÃO, e não havia volta a dar. Contudo com o passar do tempo e das gerações o "NÃO" foi caindo por terra. Muitas vezes porque os pais querem cortar com a educação autoritária que tiveram, mas como se diz na gíria "passamos do 8 para o 80". Com receio de provocar traumas os pais foram deixando de saber impor regras e limites. Em suma foram deixando de saber dizer "NÃO".
As crianças nascem ávidas de conhecimento com todos os sentidos desenvolvidos para explorar o mundo que as rodeia. Não sabem o que está bem ou mal, precisam que os pais e outros adultos cuidadores lhes imponham limites claros, concisos e firmes.
Embora ainda pequeninas, crianças na faixa etária dos 12/24 meses têm já maturidade suficiente para entender o "não". No entanto importa ter em mente que esta palavra deve ser usada firmemente e nunca de uma forma banal, pois só assim terá o efeito que se deseja. Deverá ser claro, conciso e concreto, mantendo o contacto ocular e de preferência ao nível da criança, sem nos alterarmos e usando frases muito simples e repetidas tantas vezes quanto necessário, tendo sempre em mente que o que estamos a fazer é educar a criança. Os limites são fundamentais para que a criança se sinta segura e tranquila desenvolvendo gradualmente a sua autonomia. Importa ainda reflectir  na sintonia de critérios. Ou seja, todos os que cuidam da criança devem estar de acordo com os critérios estabelecidos, porque só desta forma elas poderão assimilar os limites, as rotinas e as normas.
Dizer NÃO ajuda a formar futuros adultos conscientes, equilibrados, empreendedores e acima de tudo resilientes!

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