sábado, 28 de outubro de 2017

“Querem melhorar o rendimento escolar? Estiquem os recreios!” (Eduardo Sá)


A frase não é minha, mas sim de um psicólogo que tanto aprecio e a quem recorro muitas vezes através da literatura. No entanto sou grande defensora desta máxima. Todo o desenvolvimento das crianças acontece por etapas, mas nenhuma delas é estanque, nada sucede no dia em que a criança completa mais um aniversário. E em relação à questão da carga horária das escolas do 1º ciclo, assim como à carga de trabalhos de casa, partilho exatamente da mesma opinião. As crianças que frequentem ou não a educação pré-escolar não dão um tão elevado salto de maturidade no mês de Agosto que em Setembro estejam de tal modo “crescidos” para estarem tantas horas sentados e para que cheguem a casa após uma jornada de escola e ainda tenham uma “dose” de trabalhos de casa para fazer.  As crianças, com 6 anos principalmente, precisam chegar a casa e ter o seu espaço, as suas brincadeiras, as suas rotinas familiares. Mas ao que muito se assiste é que levam tantos trabalhos para fazer que o tempo de brincar deixa de existir. E é assim que depois se assiste a grandes birras de final do dia em que crianças e pais estão exaustos e que em vez de estarem a partilhar um momento de harmonia estão a “stressar” com T.P.C’s. O cansaço, a frustração e o desencanto pela escola em breve começarão a surgir o que é lamentável! E com isto não quero dizer que sou redondamente contra os trabalhos de casa, acho, efetivamente, que a escola e a família devem trabalhar em estreita relação, e o facto de a criança trazer trabalhos de casa acaba por ser uma forma dos pais irem estando a par do que estão a aprender e a trabalhar na escola. Agora que seja pontualmente, com conta peso e medida! O D. tem 9 anos e está no 4º ano. Tem uma ótima professora, grande profissional e grande ser humano. No 1º ano só traziam trabalhos de casa ao fim de semana (e poucos…), a partir do 2º ano começaram a trazer à 2ª, 4ª e 6ª e mesmo assim nem sempre e são exercícios que em 10 minutos estão feitos. Contudo tenho bem próximo de mim crianças no 1º ano que trazem trabalhos de casa diariamente e inclusive até algumas fichas que não terminaram na aula. Desta forma sou redondamente contra…em casa o que é de casa, na escola o que é da escola!!! Não se deve sobrecarregar demais as crianças principalmente neste 1º contacto com a escola! Sugiro sempre aos pais que não se deixem ficar e que mostrem o seu descontentamento junto dos professores quando assim é.

A escola deve ser um lugar de prazer, de harmonia, de querer aprender e não de sacrifício e de obrigação! 


sábado, 21 de outubro de 2017

O amor vê-se...o amor sente-se...

Ao navegar pelo facebook, eis que me surge esta publicação...um pequeno texto, mas que me fez reflectir sobre o que são ou devem ser os laços familiares...aqueles verdadeiros!!!
Vivemos na era das novas tecnologias, quase tudo é virtual para a grande maioria das pessoas (felizmente ainda há excepções). Mas o que as pessoas se esquecem é que muitas coisas por mais que se mostre nas redes sociais , não chegam e não tocam aquilo que mais puro e sincero existe em nós...o nosso coração! Os sentimentos têm que ser vividos, os beijos e os abraços têm que ser reais, sentidos, apertados e repenicados! Quer para os adultos, quer para as crianças!
Obrigar uma criança a cumprimentar ou a ter que estar na presença de alguém que ela não conhece, que nunca lhe deu um carinho, um beijo ou um abraço é na minha perspectiva um grande disparate...e muitas vezes só porque sim, porque é avó ou avô, tio, tia, primos...por ai fora. Família não é só uma questão de laço sanguíneo é sobretudo uma questão de laços e trocas afectivas reais. Daqueles que estão connosco no coração a todo o momento, para o que der e vier, nos dias cheios de sol e naqueles em que as nuvens cinzentas não dissipam. Por isso, "ninguém é obrigado a amar alguém que nunca ligou e que nunca aparece"! Se nós adultos evitamos a presença de quem não nos é querido, então não obriguemos as crianças a fazê-lo. Devemos ensiná-las a serem afectivas, carinhosas e sobretudo a dizerem "gosto de ti" olhos nos olhos, cara a cara!

Talvez nada disto faça sentido...mas que faça pensar e já vale a pena!

sexta-feira, 20 de outubro de 2017


O Desafio da Maternidade - Este foi o primeiro texto que escrevi para o site Mães.pt! 
Ser mãe foi algo que sempre desejei e ambicionei desde a minha infância, brincar com “bebés”, fingir que era a mãe que cuidava, alimentava e que lhes vestia roupinhas giras sempre foram as minhas brincadeiras de eleição! Esta minha vocação terá, de certa forma, orientado a minha escolha profissional! Mas efetivamente ser MÃE é muito para além de tudo o que descrevi! É um sentimento quase inexplicável é amar um ser que cresceu dentro de nós (ou não) e sentir que cada dia que passa conseguimos amá-lo mais um bocadinho, é sentir como se o nosso coração passasse a viver fora de nós em constante sobressalto!
Ser mãe é de fato uma aventura, mas como em todas as histórias de aventuras é uma experiência povoada de receios, ansiedades, descobertas, incertezas, dúvidas, mas com muitas alegrias e surpresas boas pelo caminho!
A todas as Mulheres que já entraram ou vão entrar no “Desafio da Maternidade” deixo-vos um conselho sigam sempre, mas sempre, a vossa intuição nunca se arrependam das vossas decisões enquanto mães, cuidadoras e responsáveis pela educação dos vossos filhos! Só vocês os conhecem melhor que qualquer outra pessoa!



quinta-feira, 19 de outubro de 2017

O que é o Nonsense ?

Por nonsense entende-se aquilo que não tem sentido, não tem nexo, ou é absurdo. As histórias, rimas e lengalengas estão recheadas de nonsense e é dessa forma que deliciam as crianças, que as fazem soltar as mais sonoras e genuínas gargalhadas! Porque nem tudo na vida tem que ter sentido porque por vezes quanto mais nonsense tiver a nossa existência mais felizes somos, tal como uma criança. Correr à procura de respostas, de sentidos, de soluções, muitas vezes torna-nos ansiosos e angustiados, por isso vamos lá valorizar cada segundo, cada minuto, sem estar incessantemente a tentar encontrar um porquê em tudo o que acontece. Aceitar, ser resiliente e contornar os obstáculos com determinação e garra é a melhor forma de encarar a vida. Porque ela própria se encarregará de nos mostrar os caminhos...até lá vivamos felizes, sempre dispostos a lutar e encarar de sorriso no rosto os pequenos absurdos do nosso quotidiano. Viveremos com certeza mais livres, tal como as crianças.


19 de Outubro de 2017


Hoje tem início uma nova aventura...este blogue vai nascer, com muito "nonsense", com vontade de descoberta e dar a descobrir! Com este blogue pretendo abordar temas relacionados com o desafio da maternidade e da educação de uma forma geral. Até porque uma coisa é indissociável da outra! Espero  contribuir de forma positiva e construtiva para o mundo da blogosfera!