quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

“O Urso e o Piano”


“O Urso e o Piano”

O livro que vos apresento esta semana aborda de uma forma encantadora o tema da amizade, numa aventura pelo mundo da música.
Certo dia um simpático ursinho descobre numa clareira da floresta um estranho objeto que produzia sons magníficos sempre que lhe tocava…a partir dai o ursinho embarca numa aventura que o leva para longe de casa. Vai conhecer a fama e novos horizontes. Contudo, e apesar das alegrias, irá rapidamente sentir falta do que deixou para trás na sua floresta…

Uma história comovente e ternurenta, vencedora do prémio Waterstones para melhor livro ilustrado.

Indicado para crianças a partir dos 5 anos.

Boas leituras!

domingo, 14 de janeiro de 2018

Dois filhos, Duas Cesarianas

Sempre desejei ser mãe, mas aquela coisa do parto normal nunca foi a “ minha onda”. Dizia muitas vezes que não me importava nada de fazer cesariana quando um dia tivesse filhos! Ao que me respondiam que era louca, que o parto normal era muito melhor e que só assim é que se sabia o que era ser mãe… O parto do Duarte foi induzido e tive contrações, poucas graças à milagrosa epidural, mas acabei por ter que ser submetida a uma cesariana e devido a complicações de ultima hora, com recurso a anestesia geral. Felizmente e graças ao meu obstetra e à sua equipa correu tudo bem, embora tenha acordado muito “abananada”!!! Recordo-me de tentar abrir os olhos e ver uma pequena cabeça com um gorro azul e rapidamente voltava a adormecer! Desta vez voltei a fazer cesariana, mas agora com anestesia raquidiana que me permitiu estar sempre acordada e consciente dos procedimentos e de todo o ambiente em torno da equipa do bloco, e que queridos e bem-dispostos que foram! Pude ver o Simão assim que nasceu, foi-me colocado ao peito logo que possível, porque o toque e o contacto pele com pele é fundamental no processo precoce de vinculação. Eu estava bem, desperta e feliz!
Duas cesarianas, mas duas experiências completamente diferentes. O médico obstetra o mesmo de ambas as vezes, sempre cuidadoso e de um profissionalismo exemplar. Se tive dores…claro que sim, muitas até. Se me conseguia mexer…conseguia com muita dificuldade. No entanto esta segunda intervenção teve uma recuperação de longe melhor que a primeira. Não tenho pena nenhuma de não saber o que é passar por um parto normal e não me sinto “menos mãe” por isso! Na minha perspetiva o que importa é que tudo corra bem, que a mãe e o bebé fiquem bem e acima de tudo que haja humanização no parto e no puerpério…e isso posso afirmar que fui uma sortuda nas equipas que apanhei na maternidade do Hospital de São Bernardo!

Respeitemos as mães…as que têm filhos de parto normal ou de cesariana, com epidural ou sem anestesia, porque há uma coisa que independentemente da forma como damos à luz é transversal a todas nós…o AMOR incondicional pelos nossos filhos!

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Compreender a Dislexia na Criança…sinais de alerta

Para a grande maioria das pessoas a leitura é um processo simples e automático, contudo esta é uma tarefa bastante complexa que envolve conexões cerebrais em diferentes regiões do cérebro. A dislexia é uma disfunção neurológica que se manifesta na dificuldade de aprendizagem da leitura. Deriva de alterações em diferentes regiões cerebrais, ou até mesmo, de uma insuficiente coordenação entre zonas específicas do cérebro.
A dislexia na grande maioria das vezes só se deteta no primeiro ciclo quando tem início o processo de leitura. Contudo, no decorrer da frequência do pré-escolar há alguns sinais para os quais pais e educadores devem estar alertas, tais como:
- Alterações na consciência fonológica, crianças com dificuldades em seguir ritmos, trava-línguas, lenga-lengas e em perceber rimas;
- Nomeação automática deficitária, ou seja, dificuldades na memorização de cores, números até 9;
- Dificuldades na correspondência grafema-fonema, dificuldade em perceber que a um determinado grafema (letra) corresponde um fonema (som)
A criança com dislexia apresenta problemas com a consciência fonológica e com a fonética, o que leva a que a leitura não se automatize. A compreensão será afetada e leva à frustração. Importa frisar que esta disfunção não é uma deficiência, nem revela perda de capacidades cognitivas. A criança não é preguiçosa, nem pouco inteligente, simplesmente aprende de forma diferente. Importa salientar que este transtorno poderá afetar outras áreas académicas, bem como, a nível emocional e comportamental. Neste processo a intervenção precoce tem um papel extremamente importante, sendo possível ultrapassar 90% das dificuldades. Para tal é importante, estar alerta aos sinais e proceder à referenciação da criança o mais atempadamente possível. Depois de uma avaliação psicopedagógica, será delineado um plano de intervenção com metodologias adequadas a cada caso.
Existe no nosso sistema educativo legislação em vigor que protege todos os alunos com dislexia, o DL3/2008 prevê mais tempo para a realização de provas, a leitura oral da prova e despenalização do erro em prova escrita para os casos que também envolvem disortografia.
Para a criança com dislexia, a escola é encarada com desprazer, um local onde ela trava uma luta constante, desta forma é importante que pais e professores se unam e apoiem a criança, incentivando-a, ajudando-a e principalmente valorizando o seu esforço. Porque todas as crianças têm em si um grande potencial, são inteligentes e criativas, só precisam de ter à sua volta adultos que as compreendam, que as incentivem e que as amem!

Não julguemos o comportamento ou desempenho académico de uma criança sem saber o que poderá estar camuflado!
 

domingo, 7 de janeiro de 2018

A escolha dos Padrinhos

Há dias, enquanto divagava pelo mundo da blogosfera, deparei-me com um texto sobre a escolha dos padrinhos para os nossos filhos. Gostei imenso do que li e em certa medida revejo a nossa experiência cá de casa em matéria de padrinhos e família! Sempre fui apologista de que os tios terão sempre um lugar importante e de destaque na vida dos sobrinhos, caso assim o entendam…o que infelizmente nem sempre se verifica. Quando engravidei do meu primeiro filho a escolha dos padrinhos estava mais que feita, aliás ainda antes sequer de engravidar, já tínhamos intenção de convidar “aquele casal” para padrinhos do nosso filho. E sim teria que ser um casal, para nós faria todo o sentido que assim fosse. Para mim os padrinhos têm que ser alguém que verdadeiramente “encarnem” esse papel, que sejam uns segundos pais, que estejam sempre ao nosso lado na educação da criança, que deem mimo, deem colo, participem na vida dos afilhados e que também “ralhem” e imponham os limites quando assim tiver de ser. Que nos substituam caso a vida nos pregue alguma partida. O meu irmão terá sempre o lugar dele de tio, esse ninguém lhe tira e ninguém o substitui…e que grande tio, tanto para o Duarte que o adora, como será certamente para o Simão, é um grande amigo e também está sempre pronto e disponível para ajudar no seu crescimento…ah, e ai de quem ralhe com os seus sobrinhos! Voltando aos padrinhos, os padrinhos do Duarte, para além de meus primos são os nossos grandes amigos e companheiros, com eles temos partilhado os melhores e os piores momentos das nossas vidas. Ao longo destes nove anos têm estado sempre ao lado do Duarte como uns segundos pais, tal como gostaríamos e como eu sabia que seria! No texto que li, a autora tinha também uma ótima experiência com os padrinhos da sua primeira filha, de tal forma que a fasquia era tão alta, tornando-se agora difícil escolher outros para o segundo filho!!! Ora nós aqui em casa, resolvemos bem essa situação…já diz a sabedoria popular que, “equipa que ganha não se mexe”, e seguindo esse ditado, voltámos a convidar os mesmos padrinhos para o Simão!


Se os pais são os mesmos porque terão de ser os padrinhos diferentes??? É assim esta nossa “Vida com Nonsense”, mas que para nós faz todo o sentido.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

A Literatura Infantil no Desenvolvimento da Criança

Este ano de 2018 chega com um desafio pessoal e um compromisso que assumo aqui no blog com todos os que me seguem! Pretendo criar uma rubrica semanal relacionada com a literatura infantil, assunto que me é tão querido!
A literatura infantil deve acompanhar a criança desde sempre…e quando digo sempre deve começar ainda no ventre materno, em jeito de canções de embalar, histórias, lenga lengas e até nas simples conversas que temos com os nossos filhos ainda em desenvolvimento dentro de nós! Depois quando nascem devíamos criar uma rotina diária do momento da história, quer seja com recurso ao livro ou através da tradição oral. Nos dias de hoje, infelizmente, esta prática é cada vez menos comum, muitas vezes a internet e os aparelhos eletrónicos tomam o lugar do livro e da partilha de histórias em família. Sou defensora acérrima de que as histórias infantis devem fazer parte da infância de todas as crianças de uma forma prazerosa. A literatura infantil deve tomar um lugar de destaque na vida das nossas crianças, atendendo à sua importância no desenvolvimento emocional e cognitivo, na identificação pessoal da criança e na resposta a inquietações próprias do crescimento.
O primeiro livro que escolho foi editado e lançado recentemente (Dezembro/2017), chama-se “ O Gigante que não sabia Ler” foi escrito por uma pessoa muito querida, Sandra Batista. A Sandra é educadora de infância e também uma grande defensora da literatura infantil na vida das crianças. Este é um livro encantador que fala sobre a amizade, a entreajuda e a luta diária que devemos travar com os “gigantes” que nos atormentam. Uma história bonita, vivida na mais bela baía do mundo, em Setúbal, com umas ilustrações fabulosas criadas pelas mãos dos artistas plásticos Rita Melo, Ricardo Crista e João Crista.
Sinopse:
João cresceu e foi para a primária fez novos amigos e conheceu a Maria uma menina envergonhada que não conseguia ler. Preocupado quis ajudar, mas um gigante vindo de longe apareceu para os assustar…

Recomendado para maiores de 5 anos!
Boas leituras!