sexta-feira, 31 de maio de 2019

Tanta memória num retrato


28 de Maio de 2005, queima das fitas da Licenciatura em Educação de Infância!
14 anos se passaram…ficou na memória e no coração este retrato. O retrato de um dia feliz, de comemoração e realização de um sonho. Um dia em que tive a alegria e o privilégio de ter os MEUS comigo…aqueles que me acompanharam no meu crescimento, aqueles que caminharam comigo 4 anos na realização de um projeto de vida e de construção de uma profissão linda e maravilhosa, aqueles que continuam a estar sempre comigo…ainda que haja quem tenha passado para o outro lado do caminho, mas que certamente me continua sempre a acompanhar e a guiar como fez toda a vida…
O sonho comanda a vida e é por ele que vamos! Palavras que não são minhas, mas que tento que sejam um mantra na minha existência! Desistir do que queremos e do que sonhamos não é o caminho, por mais adversos que sejam os dias, por mais que a saudade aperte e faça doer!
Que nos deixemos sempre guiar pelos sonhos e que tenhamos sempre um anjo que nos proteja e guarde, ainda que eu, na minha egoísta perspetiva de comum mortal, preferisse ter este anjo aqui fisicamente comigo!
Que eu continue a ter sempre comigo a força, a garra e a determinação para honrar o compromisso que assumi neste dia – o bem maior em prol das crianças! Que sorte a minha por esta profissão!

domingo, 7 de abril de 2019

A importância do NÃO na nossa Educação


Os tempos mudam, mudam as convicções e os paradigmas educacionais. Na minha geração (anos 80), bastava um "abre olhos" dos pais ou dos mais velhos que cuidavam de nós e prontamente percebíamos a mensagem... NÃO era NÃO, e não havia volta a dar. Contudo com o passar do tempo e das gerações o "NÃO" foi caindo por terra. Muitas vezes porque os pais querem cortar com a educação autoritária que tiveram, mas como se diz na gíria "passamos do 8 para o 80". Com receio de provocar traumas os pais foram deixando de saber impor regras e limites. Em suma foram deixando de saber dizer "NÃO".
As crianças nascem ávidas de conhecimento com todos os sentidos desenvolvidos para explorar o mundo que as rodeia. Não sabem o que está bem ou mal, precisam que os pais e outros adultos cuidadores lhes imponham limites claros, concisos e firmes.
Embora ainda pequeninas, crianças na faixa etária dos 12/24 meses têm já maturidade suficiente para entender o "não". No entanto importa ter em mente que esta palavra deve ser usada firmemente e nunca de uma forma banal, pois só assim terá o efeito que se deseja. Deverá ser claro, conciso e concreto, mantendo o contacto ocular e de preferência ao nível da criança, sem nos alterarmos e usando frases muito simples e repetidas tantas vezes quanto necessário, tendo sempre em mente que o que estamos a fazer é educar a criança. Os limites são fundamentais para que a criança se sinta segura e tranquila desenvolvendo gradualmente a sua autonomia. Importa ainda reflectir  na sintonia de critérios. Ou seja, todos os que cuidam da criança devem estar de acordo com os critérios estabelecidos, porque só desta forma elas poderão assimilar os limites, as rotinas e as normas.
Dizer NÃO ajuda a formar futuros adultos conscientes, equilibrados, empreendedores e acima de tudo resilientes!

sexta-feira, 22 de março de 2019

Pais és, filho serás…


Não há dia em que não me lembre do meu pai e do quanto a sua ausência me dói. Mas por altura do dia do Pai, a saudade aperta sempre um bocadinho mais. Não que esse dia fosse comemorado com muita pompa e circunstância, mas essencialmente porque, devido à minha profissão, é uma altura em que os meninos focam o que de mais maravilhoso sentem pelos seus pais, o que fazem com eles e até mesmo como vão ser como futuros pais! É delicioso! Contudo nem sempre a “paternidade” é um conto de fadas…Há pais que se vêm privados de estar com os filhos, há pais que, pelas mais variadíssimas razões, se esquecem dos seus filhos, há pais que sempre viveram na mesma casa com os filhos, mas na verdade nunca estiveram com os filhos, nem tão pouco conhecem os seus gostos, as suas vontades, as suas angústias e ambições…e depois há pais fantásticos! Há pais que amam incondicionalmente os filhos que se preocupam, que cuidam, que tratam, que educam, que protegem, que estão sempre lá, tenham os filhos meses, 10, 20, 40 ou 50 anos…E é para esses que vai o meu VIVA! Para aqueles que seguiram o seu modelo de pai atento e carinhoso e sobretudo para aqueles que não tendo esse modelo, conseguem amar todos dias os seus filhos, estão presentes, preocupam-se, ligam, aparecem, querem estar!
Diz a sabedoria popular que “pais és, filho serás”, que nunca nos esqueçamos deste ditado! Assim como os filhos amam incondicionalmente os pais, também os pais, porque assim escolheram, devem amar incondicionalmente os filhos!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Desafios bons

Estar rodeadas de pessoas boas, altruístas, dinâmicas e encorajadoras é uma benção! Tenho várias na minha vida. Algumas caminham comigo desde sempre, outras foram entrando na minha vida e nunca mais saíram!
Há cerca de 2 anos abracei com muito orgulho o desafio da querida Claudia Gonçalves Ganhão para escrever para o site MÃES.pt. Fazer parte deste grupo de mães que têm como lema "que nenhuma mãe se sinta sozinha" tem sido fantástico, quer pelo desfio em si, quer pelas pessoas com quem me tenho cruzado e que tenho conhecido. Agora a Cláudia "desinquietou-me" para participar num clube de leitura! Aceitei de imediato,no entanto refleti sobre o imenso gosto que tenho pelos livros e pela leitura e fiz uma introspecção sobre o tempo que tenho dedicado a este prazer de longa data...
Desde cedo que os livros me encantam, lembro-me de ser pequena e "ler" os livros do Petzi, colecção herdada do meu irmão que continuam religiosamente guardados num baú! Por volta dos meus 9/10 anos foram os livros "Uma Aventura" das autoras Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, devorava-os aos fins de semana e durante as férias. Na adolescência recordo três livros que me marcaram bastante, "Diário de Anne Frank", "A lua de Joana" e "A Droga é uma M.E.R.DA". Sempre li bastante e quando entrei para a faculdade tive o privilégio de ter duas professoras de excelência que me fizeram maravilhar com o mundo da literatura infantil, da qual já vou tendo uma belo "espólio"! Tenho sempre livros na mesa de cabeceira, muitos livros que abordam temas da área educacional, psicologia e mais recentemente parentalidade consciente. Sou também adepta de romances, principalmente romances históricos. Gosto de ler pelo puro prazer que esta actividade me dá, pela liberdade de criar no meu mundo imaginário cenários e personagens. Mas, voltando à tal introspecção que fiz, dei conta que as redes socais me estão a fazer desligar deste gosto! E antes que seja um caminho irreversível, terei que ser eu a desligar mais das redes sociais e a retomar o prazer de me deitar agarrada a um belo livro, como antes!

Fica então aqui o assumir deste compromisso e a promessa da partilha dos livros que for lendo, para que também eu e este blogue possa motivar e incentivar outros ao prazer da leitura!